Presidente da Câmara recebe demanda relacionada à fibromialgia

Crônica e ainda sem cura, patologia causa dores em todo o corpo, fadiga, depressão e alterações intestinais

05/02/2023

O presidente da Câmara, Pepo Lepinsk, recebeu na manhã desta segunda-feira (5) a pós-graduada em Direito Nathália Torres, portadora da síndrome da fibromialgia. Patologia ainda sem cura, a fibromialgia causa dores em todo o corpo, fadiga, alterações de memória, ansiedade, alterações intestinais e sensibilidade ao toque.

"Vim pedir ao Pepo apoio da Câmara para que, em razão das limitações que a síndrome causa, que a doença seja reconhecida pela legislação municipal como uma deficiência física, e que as leis contemplem os portadores de fibromialgia com os mesmos direitos que amparam os deficientes", afirmou a bacharel.

Nathália Torres pediu especificamente que os vereadores isentem os portadores da síndrome do pagamento da conta do SAAE, quando comprovado aumento do consumo da água em decorrência de banhos constantes para que a temperatura corporal do doente suba. "É comum que a minha temperatura baixe de 37 para 33 graus, me obrigando a ficar muito tempo sob o chuveiro me molhando com água morna até que a minha temperatura normal se restabeleça", explicou.

A resposta de Pepo Lepinsk à demanda foi positiva. O parlamentar disse que em Indaiatuba os portadores da doença têm direito a atendimento preferencial em órgãos públicos e estabelecimentos privados, "mas só isso não atende ao interesse de centenas de cidadãos que sofrem dia e noite com esse mal oculto que, aos olhos de pessoas desinformadas, não existe".

"Sei também que muitos portadores da doença -- prosseguiu Pepo -- passam por situações constrangedoras no ambiente doméstico e de trabalho, o que faz com que entrem em processo de ansiedade e depressão, muitas vezes sem volta".

INSTAGRAM
Nathália conta que os sintomas da doença começaram a aparecer há cinco anos, e se agravaram no ano passado. "Cheguei a utilizar cadeira de rodas em 2023, porque não conseguia andar tantas dores que sentia, somado à fraqueza e sensação de desmaio", disse.

Ao procurar ajuda nas redes sociais, ela observou que havia poucas páginas destinadas à troca de informações sobre a patologia. "Por isso há um mês abri no Instagram a página @nathalia.torres.almeida que já conta com mais de mil inscritos. E recomendo que todos entrem na página para conhecer os relatos das pessoas com a patologia e verem que, muitas vezes, o sofrimento delas parece não ter fim".

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