Comissão que analisa Haoc encerra trabalhos

Vereadores constataram vários problemas no Pronto Socorro do local, que passou por muitas mudanças desde a formação da Comissão
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A Comissão de representação formada para acompanhar os trabalhos no Pronto Socorro do Hospital Augusto de Oliveira Camargo (PS-Haoc) terminou seus trabalhos na última semana com mudanças significativas no atendimento do PS. Esta análise consta do relatório final produzido pela Comissão, formada a partir de uma indicação do vereador Gervásio Aparecido da Silva (PP), que presidiu os trabalhos do grupo.

 

A Comissão foi instituída através de um ato do presidente da Câmara Luiz Alberto ‘Cebolinha’ Pereira (PMDB) e composto pelo vereador Gervásio (presidente), Túlio José Tomass do Couto (PMDB) como relator e os membros Maurício Baroni Bernardinetti (PMDB), Hélio Alves Ribeiro (PSB) e Derci Jorge Lima (PT).

 

Após sérios problemas relatados pela população no Pronto Socorro do Haoc, os vereadores realizaram visitadas pré-agendadas e outras sem agendamento. Também ouviram a administração do Hospital, que colaborou durante todo o tempo com os parlamentares; além de pacientes, gestores, funcionários da Secretaria de Saúde e o secretário José Roberto Stefani.

 

Os vereadores constataram vários problemas que estavam dificultando o atendimento no Haoc, como a terceirização para cooperativas e empresas de serviços médicos sem vínculos com a Secretaria da Saúde ou com o Haoc; reforma da estrutura física e aumento da demanda no PS; dificuldades no gerenciamento de equipes médicas, de enfermagem, limpeza e administrativa; entre outras   

 

“Após termos nos deparado com esses problemas, ficou decidido pelo prefeito Reinaldo Nogueira e o secretário da Saúde, que a gestão do PS ficaria sob responsabilidade da Secretaria da Saúde desde o acolhimento, classificação de risco, coordenação de escalas de plantões médicos e de enfermagem, estruturação do PS com equipes específicas de médicos e enfermagem para atendimento de emergências, adequação de espaços físicos; até consultórios e uma Unidade Semi-intensiva Completa, que funciona com toda a estrutura de uma 2ª UTI”, aponta o relatório.

 

O Haoc ainda selecionou médicos na região, equipe de enfermagem especializada e capacitada para atendimento de qualquer situação médica de urgência e emergência, que dão retaguarda 24h aos médicos clínicos de atendimento no Pronto Socorro. O atendimento foi racionalizado considerando classificação de risco, fluxo de pacientes, espaço físico, farmácia, etc.

 

 

SUS

 

Outra questão importante é que a equipe de atendimento do Pronto Socorro do SUS não deve cobrir, em nenhuma hipótese, atendimento de convênios ou particulares. “O hospital deve ter duas equipes independentes, uma para atendimento de convênio e outra para atendimento do SUS, pois os dois atendimentos diminuem muito de qualidade quando isso acontece; e do ponto de vista financeiro o atendimento do SUS é subsidiado pelo Governo Federal e Prefeitura Municipal e o atendimento do convênio tem financiamento próprio privado”, lembra Gervásio. Atualmente, a Prefeitura Municipal assume 100% de todos os gastos de atendimento do Pronto Socorro.

 

Outra sugestão da Comissão é que o acolhimento e classificação de risco, passe a acontecer 24h por dia. O relatório ressalta também que foi estruturado no Pronto Socorro salas capacitadas, equipadas com equipe treinada -- médica e de enfermagem --, para atendimento de urgência e emergência e unidade semi-intensiva com 10 leitos. Todo o financiamento foi feito pela Prefeitura Municipal.

 

Resumo

 

Em resumo, o relatório aponta “uma melhora significativa do atendimento no Pronto Socorro a partir do momento em que a equipe técnica da Secretaria Municipal de Saúde iniciou a gestão do Pronto Socorro em conjunto com a equipe do HAOC”.

 

“Temos de ter a noção de que hoje Indaiatuba cresce muito rápido e que as demandas médicas públicas e particulares aumentam proporcionalmente inclusive, fazendo com que Indaiatuba seja um centro regional de atendimento, atendendo pacientes da região e de municípios distantes, sem que aconteça repasse financeiro federal ou estadual para suprir os custos destes atendimentos, ficando a Prefeitura Municipal com todo o ônus desse aumento de demanda”.

 

 

 



Foto: Rose Parra - ACS/CMI
Texto: Simone Santos - ACS/CMI