Câmara requer por escrito resposta da CPFL sobre ‘apagões´

Reunião ocorrida nesta segunda-feira (14) ouviu dois representantes da empresa; vereadores solicitam respostas sobre motivos das interrupções de energia
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Os membros da Comissão de Inquérito Parlamentar que investiga os constantes apagões que ocorrem em Indaiatuba decidiram durante reunião ocorrida hoje (14), na Sala de Reuniões da Câmara, solicitar por escrito informações sobre os serviços prestados pela empresa. A primeira reunião da CPI ouviu hoje (14) dois funcionários da CPFL-Piratininga: o gerente de negócios Rogério G. Moura Klinke e o gerente regional César Perri. Apenas Rogério havia sido convocado, mas por deliberação unânime dos membros da Comissão, decidiu-se ouvir também o gerente regional da empresa.

 

Os funcionários da empresa lembraram que o objetivo da CPFL é atender Indaiatuba com qualidade.  A empresa tem oito distribuidoras de energia espalhadas pelo País e uma delas é a Piratininga. Segundo os funcionários, a região que atende Indaiatuba é formada por outros 21 municípios. Segundo eles, Indaiatuba não conta com serviços de empresas terceirizadas, possui em seu quadro 30 eletricistas, 12 veículos e funciona no sistema de atendimento compartilhado, ou seja, equipes de Campinas – ou de qualquer outro município que compõe a região -- podem atender Indaiatuba e vice-versa.

 

Durante o interrogatório, os funcionários falaram sobre investimentos em Indaiatuba, postes de madeira, média de desligamento, ações sociais da empresa; entre outros. “Em Indaiatuba a média de desligamento de energia é de 4,29 vezes ao ano, com duração máxima de 9h/ano”, informou César.

 

Para o vereador Carlos Alberto Rezende Lopes (Linho), primeiro signatário da CPI, esse número é divergente. “Posso dizer que na minha casa, a energia acaba todo dia”, disse. O técnico da CPFL explicou que a média anual de quedas de energia, atestada pela Anael, é contabilizada a partir de 3 minutos do desligamento de energia e que todo cidadão que comprovar que a queda ocasionou a interrupção acima de 3 minutos pode ser reembolsado.

 

O técnico explicou também que, para ser reembolsado, o usuário precisa comprovar que não sobrecarregou sua própria rede e que segue os padrões estabelecidos pela CPFL. “Sem chuva, o nível de desligamento de energia é muito baixo, cerca de 10 ou 12 por dia; o que ocorreu no início do ano é que Indaiatuba enfrentou temporais, com ventos que chegaram a 80km/h”, explicou.

 

Para evitar os constantes desligamentos, os representantes da empresa lembraram que realizam constantes podas de árvores e que o sistema é monitorado permanentemente, ponto a ponto, visando fazer reparos ou substituir equipamentos mesmo antes do problema acontecer. Eles também lembraram que a CPFL fará um investimento de R$ 16 mi na rede elétrica de Indaiatuba, com a construção de uma nova subestação, que já está em fase de construção.

 

Relatório

 

O presidente da Comissão, Luiz Alberto ‘Cebolinha´ Pereira solicitou que a CPFL faça um relatório com todas as informações e o vereador Linho solicitou que um ofício seja enviado à empresa e respondido por escrito.

 

O ofício deve conter quatro questões básicas: qual o motivo de tantas interrupções de energia em Indaiatuba, qual o motivo do atendimento deficiente ocorrido no escritório local da empresa, qual o motivo do atendimento precário por telefone sempre que ocorre queda de energia, e qual o motivo das interrupções acontecerem sem prévio aviso.

 

Fazem parte da Comissão os vereadores Luiz Alberto ‘Cebolinha’ Pereira, Carlos Alberto Rezende Lopes (Linho), Maurício Baroni, Massao Kanesaki, Antônio Sposito Junior (Toco) e Bruno Ganem. Em função do feriado, a próxima reunião da CPI deve ocorre dia 28 de abril, às 12h, data ainda a ser confirmada. Os próximos convocados são o superintendente do Saae, Nilson Alcides Gaspar e o secretário de Desenvolvimento, Renato Orlando Stochi, que ainda serão convocados.

 

 

 



Foto: Rose Parra - ACS/CMI
Texto: Simone Santos - ACS/CMI