CPI da CPFL ouve diretor do Ciesp durante CPI

Dois funcionários de uma empresa instalada no Município também falaram aos membros da Comissão
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Três pessoas foram ouvidas hoje (12) durante reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito que apura a qualidade dos serviços prestados pela CPFL ao município: o diretor do Ciesp-Regional Indaiatuba e dois funcionários de uma indústria instalada no Município. Os depoimentos aconteceram na sala de reuniões da Câmara, diante do presidente Luiz Alberto ‘Cebolinha’ Pereira, do relator Carlos Alberto Rezende Lopes e dos membros Maurício Baroni, Massao Kanesaki e Bruno Ganem.

 

O primeiro depoimento foi do diretor do Ciesp-Regional Indaiatuba, José Augusto Rodrigues Gonçalves. O diretor afirmou que tem conhecimento dos problemas de energia ocasionados dentro das indústrias do Município, mas que os relatos sobre isso foram mais intensos no final de 2010.

 

“Nesta época, fizemos uma reunião no Ciesp com cerca de 40 empresários, que reclamavam das constantes quedas de energia, quando a CPFL setorizou o atendimento e destacou um funcionários para nos atender, de nome Rogério Klinke. De lá para cá, o problema melhorou muito”.

 

Ainda segundo Gonçalves, no final do ano passado novos relatos voltaram a acontecer, mas a CPFL anunciou um investimento de R$ 6,6 milhões e a construção de uma nova subestação de energia para sanar os problemas. Gonçalves lembrou que o serviço melhorou, mas que tem consciência de que precisa melhorar ainda mais.

 

 

Danos

 

Já dois funcionários de uma empresa instalada no Distrito Industrial de Indaiatuba relataram experiências pessoais ocorridas por conta dos serviços prestados pela CPFL. Segundo eles, a empresa sofre com as oscilações e as constantes interrupções de energia.

 

A empresa, que atende grandes montadoras de veículos, registrou somente em 2014, 14 interrupções de energia. Como de 4 a 6h uma peça sai da empresa com destino às montadoras, 37 minutos de interrupção de energia significam 2h sem nenhum produto seguir para o estoque.

 

Para garantir a produção e evitar sanções por parte dos compradores, a empresa foi obrigada a alugar um galpão em outro Município, que garante cinco dias de estoque.

 

Os problemas também afetam, além da produtividade, equipamentos importados do Japão, ocasionando a queima de placas, que chegam a custar R$ 10 mil cada uma. No momento, a empresa se vê obrigada a fazer vários investimentos para evitar a queda de energia e estuda a contratação de uma empresa particular, que vende energia a um custo bem mais elevado, mas que garanta a manutenção da energia necessária para o funcionamento da empresa.

 

A próxima reunião da CPI ocorre segunda-feira, às 12h, na sala de reuniões da Câmara.

  



Foto: Rose Parra - ACS/CMI
Texto: Simone Santos - ACS/CMI