Câmara sedia debate sobre condição feminina

Bate-papo foi promovido pela Escola Estadual Profa. Helena de Campos Camargo
Câmara sedia debate sobre condição feminina

Foto: ACS/CMI - Anselmo Cabral

A Câmara de Indaiatuba sediou nesta segunda-feira (9) debate com o tema “A Condição Feminina em uma Perspectiva Histórica”, promovido pela Escola Estadual Professora Helena de Campos Camargo. O evento contou com a presença de estudantes do ensino médio, que lotaram o plenário da Casa.

O bate-papo foi conduzido por advogadas, professoras e psicóloga, que abordaram o tema a partir dos aspectos jurídico e comportamental.

Para a presidente da Comissão da Mulher Advogada da Ordem dos Advogadas do Brasil (OAB) em Campinas, Fábia Bigarani, faltam políticas públicas que efetivem a equidade no acesso aos direitos, apesar de conquistas como a Lei Maria da Penha e uma vara especializada em crimes de violência doméstica familiar. “Faltam políticas públicas e educação, porque os estudantes são a semente desta conscientização”, afirma.

No Brasil, de acordo com o Monitor da Violência, mais de 1,3 mil pessoas foram vítimas de feminicídio no ano passado – crime cometido em função de a vítima ser mulher. “Hoje muitas mulheres conseguem sair deste ciclo de violência, mas ficam as sequelas”, menciona a psicóloga Kátia Aparecida Precoma.

Vítima de violência doméstica por sete anos, a presidente da Comissão de Direito da Família da OAB em Indaiatuba, Alexsandra Manoel Garcia, apresentou a palestra “Era uma vez um príncipe encantado... Só que não”, na qual abordou as diversas formas de violência a que mulheres são submetidas em seus lares. “Eu conheço pessoas que apanharam a vida inteira, e isso precisa mudar”, apontou.

Ao final, estudantes fizeram perguntas e as participantes do debate foram homenageadas com flores. A direção da escola agradeceu a Câmara por ceder o espaço nesta e em outras oportunidades em que a instituição aborda temas de interesse público. Por meio do Visite a Câmara, cidadãos podem agendar visitas e conhecer a sede do Poder Legislativo, além de agendar o plenário para uso em eventos abertos ao público e sem cobrança de ingresso.