ECT apresenta medidas para diminuir atraso na entrega de correspondências

ImagensO vereador e presidente da Comissão de Representação para apurar questões relativas aos Correios, Fábio Marmo Conte, se reuniu na tarde desta segunda-feira, dia 2 de maio, com representantes da Empresa de Correios e Telégrafos (ECT) para levantar dados e acompanhar as medidas que a empresa está tomando para solucionar o problema de atraso na entrega de correspondências em Indaiatuba.

Para falar sobre o assunto foi convidada a Assistente Técnica dos Correios de Campinas e Região, Silvia de Oliveira Castro, e o Diretor das Atividades Externas de Campinas e Região, Valter Bissaco. Os dois reafirmaram a intenção de contratar mão-de-obra temporária enquanto aguardam o concurso público. “É para no dia 1º de junho ter contratação de mão-de-obra temporária. A prova do concurso público vai ser realizada no dia 15 de maio e a previsão otimista de contratação é para setembro”, argumenta Bissaco.

Para agilizar a distribuição enquanto aguardam a contratação de novos funcionários, Valter Bissaco conta que nos últimos 15 dias a empresa passou a trazer recursos de Campinas para Indaiatuba e trabalhado aos sábados, domingos e feriados, além de ter alterado a forma de distribuição dentro da cidade. “A unidade do Centro tinha uma condição melhor, só que não adianta entregar tudo no prazo lá e tudo atrasado nas outras regiões, pois o cliente dos Correios é o mesmo, não dá para diferenciar. Temos uma meta de entregar 97% das correspondências dentro do prazo: colocou hoje, entrega amanhã. Hoje nós estamos trabalhando com 80% dentro do prazo. Temos uma equipe cuidando disso, chegaram hoje (2) alguns auditores para ver a demanda. Recebemos uma determinação de resgate da qualidade que tínhamos há um ano e meio atrás até o início do mês de junho”.

O vereador Fábio Conte diz que os resultados obtidos a partir da criação da Comissão são bastante otimistas. “Antes da Comissão recebíamos várias reclamações por semana devido o atraso na entrega das correspondências, e depois que começamos os trabalhos, essas reclamações praticamente pararam. Para ter uma idéia, eles faziam 20 mil entregas por domingo, mas no domingo retrasado fizeram 72 mil. Além disso, outra grande reclamação era da falta de organização nos Centros de Distribuição, quando o cidadão ia de uma unidade a outra até achar sua correspondência, e isso agora acabou”.

Bissaco revela que em breve Indaiatuba terá mais um Centro de Distribuição. “A cidade cresceu, tanto é que há pouco tempo nós tínhamos um único Centro de Distribuição, hoje temos dois e estamos com um projeto pronto para criar um terceiro só para entregar encomenda e malote. A demanda aqui é muito grande em função do crescimento de Indaiatuba. Nossa área de encomendas cresce 30% ao ano”.

Fábio Conte também manifestou a preocupação de que, além de ter poucos carteiros atuando, eles entrem em greve. “Indaiatuba hoje tem uma carência de 19 carteiros, e com a expansão serão necessários 25, 26 carteiros. A nossa outra preocupação é a greve”. Porém, para Silvia de Oliveira Castro, isso não deve acontecer. “Temos a negociação da participação dos lucros, mas não existe uma previsão de entrarem em greve. Acontecem as assembléias normais deles, o pagamento da participação dos lucros de 2010 que deve acontecer agora, eles estão tentando negociar 2011 para o ano que vem”, exemplifica.

Ainda sobre a escassez de mão-de-obra, mesmo com a contratação de temporários – que tem duração de 90 dias por contrato – e com a realização do concurso público, Fábio Conte diz que a Comissão de Representação deve atuar também em outra vertente. “É possível que em três semanas a gente vá a Brasília numa audiência com o Ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, tentar que se agilize ou aumente a quantidade de cargos”. Para Valter Bissaco, a demanda é realmente muito maior. “Estivemos com um auditor a semana toda e constatamos que mesmo assim vamos precisar de 400 a 500 temporários na região. Mesmo com o concurso, a gente ainda vai precisar de temporários”.

Foto: Giuliano Miranda-ACS/CMI
Texto: Heloisa Pinhatelli da Silva Santaliestra-ACS/CMI